Os produtos para a ceia de Natal podem ter diferença de até 58% no preço de acordo com o local da cidade, segundo pesquisa de preços realizada pelo Procon-SP em dez comércios de cinco regiões de São Paulo (norte, sul, leste, oeste e central).
O levantamento, que aconteceu de 26 a 28 de novembro, pesquisou carnes, panettones/chocottones, caixas de bombons e frutas em calda.
A fundação informou que pesquisou 259 itens, mas divulgou 94 em função do desabastecimento de algumas lojas --são informados apenas os itens constantes em, pelo menos, três estabelecimentos.
A maior diferença de preço encontrada foi entre as frutas em calda: Ameixa em Calda lata 180 g Quero, com uma diferença de R$ 1,46, o que representa 58,63%. O maior preço encontrado foi no Dias Pastorinho, na zona sul (R$ 3,95) e o menor no Futurama, na região central (R$ 2,49). O preço médio foi de R$ 3,22.
Entre as carnes, a maior diferença constatada entre o maior e o menor preço foi o do Pernil Temperado Congelado (Kg) Sadia, de R$ 3,95, o que representa 56,83%. O maior preço (R$ 10,90) foi localizado no Carrefour (zona norte) e o menor (R$ 6,95) no Sonda (zona oeste). O preço médio é de R$ 9,40
Do total dos itens divulgados, o estabelecimento Andorinha Hipermercado (zona sul) foi o que apresentou a maior quantidade de produtos com menor preço (29 itens de 71 encontrados).
O Procon informou que alguns comércios estavam desabastecidos. Além disso, a fundação também constatou que grande parte dos supermercados está trabalhando com marcas próprias, o que acaba inviabilizando a comparação de preço, já que a qualidade do produto pode variar. Tal fato foi verificado, principalmente, nas frutas secas, pois na maioria dos supermercados verificou-se a venda deste item a granel ou embalado com marcas próprias, por isso não foram incluídas na comparação de preços deste ano.
A fundação também informou que, após comparação de produtos comuns entre as pesquisas realizadas em 2007 e 2008, verificou, em média, alta nas carnes (11,11%), panettones/chocottones (3,42%), nas caixas de bombons (6,48%) e nas frutas em calda (1,83%). A inflação para esse mesmo período foi, de aproximadamente, 7,26% (INPC-IBGE).
"O consumidor deve efetuar uma cuidadosa pesquisa de preço, avaliando sempre a relação preço x qualidade, ficar atento às informações contidas nos rótulos, como peso, data de fabricação, prazo de validade e condições de conservação. No caso de produtos importados, as informações do rótulo devem estar traduzidas para a língua portuguesa", informou o Procon.
A entidade também alerta que deve ser sempre considerado o custo benefício do deslocamento no caso de estabelecimentos que estão apresentando produtos mais baratos que os da sua região.